Presidente chileno reconhece legitimidade dos protestos e do descontentamento dos seus compatriotas.
No Chile a tensão nas ruas continua e levou o Presidente a fazer um "mea culpa". Sebastián Piñera numa declaração ao país reconheceu os erros do presente, mas lembrou que eles vêm do passado, e afirmou que vai encontrar-se com os líderes da oposição. Palavras proferidas depois de ter afirmado que o país está em guerra e que o inimigo é implacável:
"É verdade que os problemas não são de hoje, vêm a acumular-se há décadas. E também é verdade que os vários governos não foram, ou não fomos, capazes de reconhecer esta situação em toda a sua amplitude. Esta situação de injustiça, de abuso, que estão a expressar milhões e milhões de chilenos de forma genuína e autêntica. Reconheço esta falta de visão e peço desculpa aos meus compatriotas. Vamos ter todos de mudar a nossa forma de agir e as nossas prioridades, para enfrentar as exigências legítimas dos nossos compatriotas", afirmou o chefe de Estado.
A Human Rights Watch já apelou ao governo para respeitar os Direitos Humanos, na contenção dos protestos, que já levaram à morte de 15 pessoas e mais de 200 a serem hospitalizadas.
A crise, no Chile, começou com um protesto de estudantes, na capital do país, depois do aumento do preço dos transportes públicos. O governo recuou mas, ainda assim, as manifestações tornaram-se mais fortes, contra o aumento do custo de vida e as injustiças, e alargou-se a outras cidades.