Nova moção do primeiro-ministro britânico nem chega a votação
Foi mais uma derrota para Boris Johnson. O presidente do Parlamento recusou voltar a apreciar a moção que dizia respeito ao acordo para o Brexit assinado pelo primeiro-ministro britânico na semana passada.
John Bercow considerou que a moção, tal como foi apresentada, nada acrescenta ao que foi discutido, votado e chumbado no passado sábado em Westminster. "Em suma, esta moção é em substância a mesma moção de sábado e a Câmara já decidiu sobre o assunto. As circunstâncias de hoje são, em substância, as mesmas de sábado. Por isso, a minha decisão é de que a moção não será debatida hoje, uma vez que seria repetitivo e fora de ordem fazê-lo," disse quando comunicou a decisão à Câmara.
O Parlamento volta ao acordo esta terça-feira, dia em que se esperam novas emendas a votação. Mas é cada vez mais provável que Boris Johnson tenha de dar o dito por não dito quando garantiu o Brexit a 31 de outubro a qualquer custo.
Steve Barclay, o responsável do governo britânico para o Brexit, confirmou entretanto que Bruxelas está a analisar um novo pedido de adiamento - agora para 2020 - do prazo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Os 27 tinham ratificado o acordo entre Londres Bruxelas na cimeira extraordinária de Bruxelas. Agora preferem ser prudentes e analisar cuidadosamente o pedido de adiamento enviado por escrito pelo primeiro-ministro britânico.