Ativistas do clima regressam ao tribunal em Lyon

Ativistas do clima regressam ao tribunal em Lyon
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De  Joao Duarte Ferreira
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Os ativistas que retiraram os retratos oficiais de Macron de edifícios municipais enfrentam penas mais pesadas

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Seis ativistas foram a tribunal esta terça-feira em Lyon por terem retirado o retrato oficial do presidente francês Emmanuel Macron de um edifício municipal no norte da cidade.

À chegada ao tribunal, os ativistas, com idades compreendidas entre os 36 e 63 anos, foram saudados por apoiantes.

No total, ativistas por todo o país, retiraram mais de 130 retratos oficiais numa clara mensagem de desaprovação ao presidente francês.

Em maio passado, cinco dos seis ativistas foram condenados ao pagamento de uma multa de 500 euros.

O procurador público recorreu a fim de obter sentenças mais pesadas. A defesa alegou o estado de emergência climática que serviu de mote aos ativistas.

"Falta água em todo o mundo e há secas na Europa, o que diminui a produtividade dos agricultores. Fazemos muitas coisas numa escala local, todos os dias, mas não basta, precisamos de ir mais longe" afirmou Jean-Marie Roche, réu e ativista.

O perfil dos ativistas é variado: professores, agricultores, reformados, gestores e trabalhadores por conta própria. Todos eles conheciam os riscos e não se arrependem.

Todos acreditam que Emmanuel Macron não está devidamente empenhado. E não estão sós.

1:13 - 1:27 SOT Christophe Cassou - Research director CNRS - member of the IPCC (IPCC in French)

"O presidente francês criou o Conselho Superior do Clima, que produziu um relatório. A conclusão é clara: existe uma grande distância entre os objetivos do governo e o que foi realmente feito", adiantou Christophe Cassou, diretor de investigação do CNRS e membro do IPCC.

Em setembro, o caso de dois outros ativistas acabou por ser rejeitado. Os seis réus presentes esta terça-feira a tribunal terão que aguardar por 14 de janeiro para saberem o veredito.

O repórter da euronews, Guillaume Petit, esteve presente:

"Uma longa luta para os ativistas que contudo não são os únicos. De momento decorrem 20 julgamentos e mais de 50 pessoas foram intimadas a comparecerem a tribunal".

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