As Mulheres do Muro de Berlim

As Mulheres do Muro de Berlim
De  Patricia Tavares
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A queda do muro de Berlim deu início a uma tendência que continua até hoje: um êxodo feminino para a Alemanha Ocidental à procura de melhores oportunidades de trabalho.

Há trinta anos, no dia 9 de novembro, caía o Muro de Berlim. Muita coisa mudou desde aí, a nível económico e social. A imagem da mulher trabalhadora e emanicipada da Alemanha Oriental persiste. A Euronews foi até Leipzig descobrir porquê.

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"Costuma-se dizer que as mulheres da parte oriental são muito mais independentes do que as da zona ocidental. (...) onde as leis eram realmente um desastre. Até 1975, a mulher tinha de perguntar ao marido se podia trabalhar."
Cidadão em Leipzig

Nos tempos da RDA, trabalhar e ter filhos não era algo incompatível. O Estado possibilitou esta igualdade ao criar serviços de apoio - como creches disponíveis durante todo o dia e amplas ajudas sociais.

Na altura da queda do Muro de Berlim em 1989, mais de 90% das mulheres tinham uma atividade profissional, mas na Alemanha Ocidental apenas metade das mulheres trabalhava.

A queda do muro de Berlim deu início a uma tendência que continua até hoje: a um êxodo feminino para a Alemanha Ocidental à procura de melhores oportunidades de trabalho. As mulheres estabeleceram-se mais facilmente do que os homens.

Agora faltam mulheres de sucesso na Alemanha Oriental, principalmente nas regiões rurais - com mais homens e idosos. Muitas pessoas culpam os erros cometidos durante o processo de reunificação.

"Não tomaram medidas para que as coisas que funcionavam bem na RDA se mativessem e não desaparecessem. Noutras palavras, o nosso sistema social e o sistema de saúde eram muito melhores do hoje em dia. É daí que vem sentimento de descontentamento e a insatisfação."
Evelin Simon
Reformada de Leipzig

Um sentimento que também se reflete nos resultados das eleições no leste da Alemanha.

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