Autotidades investigam a ligação entre o submarino apresado com três toneladas de cocaína e três organizações galegas de narcotraficantes.
Três toneladas de cocaína, um total de 152 fardos de droga, com um valor estimado de mercado de 100 milhões de euros.
Foi o que as autoridades espanholas retiraram do interior de um submarino, construído de propósito para o tráfico de droga, apreendido no passado fim de semana, na Galiza, noroeste de Espanha.
Três organizações galegas de narcotraficantes estão a ser investigadas.
A operação internacional, coordenada pelo Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo (MAOC-N, na sigla inglesa), onde estiveram envolvidas as autoridades portuguesas e espanholas, permitiu a apreensão do submarino e droga, e a prisão de dois dos três tripulantes.
Não foi a primeira vez que um narcosubmarino foi capturado pelas autoridades, mas é a primeira vez que acontece na Europa.
"É uma operação histórica, vai marcar um antes e depois porque, obviamente, a partir daqui, há uma nova hipótese de trabalho para os órgãos e forças de segurança, que é a possível chegada de submarinos desta dimensão às costas europeias," afirmou o delegado do Governo espanhol na Galiza, Javier Losada.
De acordo com o jornal La Voz de Galicia, a embarcação de 20 metros, que terá sido construída na Guiana, cruzou o Oceano Atlântico, passou por Cabo Verde e ao largo da costa portuguesa.
Sabe-se que a carga vinha da Colômbia e que navegaram durante cerca de vinte dias.
O mau tempo, avarias e falta de combustível terão impossibilitado que os traficantes transferissem a cocaína para uma segunda embarcação.
As investigações agora estão focadas em determinar qual a organização criminosa que receberia a droga,
De qualquer forma, apenas uma organização muito poderosa poderia ter lançado uma operação desta envergadura.