Organizações não-governamentais e manifestantes chilenos acusam as forças de autoridade de abusos e violência no Chile.
Os protestos no Chile estão a ser travados com violência. As organizações não-governamentais denunciam a violação de direitos humanos. Na rua, os manifestantes exigem responsabilidades pelo abuso policial. Em particular, um grupo de chilenos que reclama ter sofrido traumas oculares por parte das autoridades.
Carlos Prueba é um dos manifestantes que perdeu o olho durante os confrontos. "Estava na Plaza Italia, e as forças especiais chegaram e eu vi um deles levantar a arma pelo ombro e apontar à minha cara e, a seguir, a única coisa que senti foi a minha cara a inchar e comecei a sangrar. Perdi um olho e estou à espera de uma prótese", conta.
Os tumultos já resultaram em milhares de feridos entre manifestantes e forças da autoridade. Após 42 dias de protesto, o governo de Sebastian Piñera reuniu-se pela primeira vez, esta quinta-feira, com organizações sociais, com vista a combater a crise económica no país e a pôr termo aos conflitos.