Um dos homens mais ricos de Malta foi formalmente acusado de cumplicidade na morte da jornalista Daphne Caruana Galiza.
Yorgen Fenech foi formalmente acusado, num tribunal de Valeta, de cumplicidade no assassinato de Daphne Caruana Galizia.
O levantamento de acusações contra aquele que é um dos homens mais ricos de Malta é mais um capítulo neste longo processo. Fenech diz-se inocente da acusação de que é alvo e de outras relacionadas com o caso, que incluem associação a um grupo criminoso e conspiração, no âmbito do assassinato da jornalista.
As alegadas ligações de Fenech a ministros e altos funcionários governamentais também geraram uma crise política no governo de Joseph Muscat, que é também citado neste processo. Os meios de comunicação do país dizem que este pode anunciar, este domingo, que abandona a chefia do governo.
A agência Reuters, citando fontes não identificadas, diz que a polícia acredita que Fenech foi o mentor do assassinato de Daphne Caruana Galizia enquanto Fenech tentou ligar ao caso o antigo chefe de gabinete de Muscat, Keith Schembri, que está detido, preventivamente, na terça-feira.
A jornalista de investigação, que expôs a corrupção que existe no seio do governo maltês, ao mais alto nível, morreu na explosão de um carro armadilhado, em 2017.