ONU propõe o silenciar das armas em África até ao final de 2020

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De  Neusa Silva
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Angola assume a presidência do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas para as questões de Segurança na África Central.

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As alterações climáticas e o seu impacto, o combate à exploração ilícita de recursos naturais, alegadamente na base de vários conflitos na região, a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas, foram os principais temas em análise durante a 49ª Reunião Ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas para questões de segurança na África Central (UNSAC), que decorreu em Luanda de 25 a 29 de novembro.

A Representante do secretariado-geral da ONU na União Africana, Hana Teth, em nome da sua organização, apelou à criação de condições favoráveis ao desenvolvimento dos africanos e o silenciar das armas até 2020. Hanna Teth disse ainda que quando inicialmente se estabeleceu esse objetivo para o continente, as Nações Unidas estavam muito otimistas, e considera "lamentável que estejamos prestes a perdê-lo".

Referiu, igualmente, que do ponto de vista do gabinete da ONU para a União Africana, esta última continua o seu processo de reforma que prevê uma maior cooperação com todas as comunidades económicas regionais e mecanismos regionais, e enfatizou a necessidade de incluir mulheres e jovens nos processos de paz e segurança.

Para a representante do secretariado das Nações Unidas na União Africana, não se registaram grandes progressos nas questões ligadas a inclusão das mulheres nos processos de paz.

Durante a 49ª sessão, Angola sucedeu a República Democrática do Congo, na presidência rotativa do órgão, por um período de seis meses. O representante do secretariado das Nações Unidas para África Central François Fall, disse que o organismo espera que Angola assuma um papel interventivo para o alcance dos objetivos assumidos:

"É evidente que Angola, que é membro da Comunidade Económica dos Estados da África Central, desempenhará um papel, extremamente, importante nesta reforma. Esperamos um maior envolvimento de Angola. Penso que as metas de Angola são reconhecidas na região e que se trata de reforçar a integração na África Central e também de dotar a nova estrutura de um estatuto de paz e segurança. Contamos com Angola para fazê-lo".

François Fall falava no final de uma audiência que manteve com o presidente da República de Angola, João Lourenço.

Já o chefe da Diplomacia angolana afirmou que consta dos compromissos, assumidos por Angola, durante o presente mandato as questões ligadas às alterações climáticas e aos seus efeitos, bem como a reforma e dinamização da organização regional

De acordo com Manuel Augusto, Angola tem sido um participante ativo, nas atividades do comité, frisou igualmente que as alterações climáticas fazem parte das prioridades a nível internacional, sobretudo depois da assinatura dos acordos de Paris, mas desta vez, e porque há consequências diretas dessas alterações na vida das populações da região, o comité entendeu dar prioridade à discussão deste assunto.

No final da 49ª sessão da UNSAC, foi criada a declaração de Luanda onde consta o compromisso assumido pelos 11 estados de reforçarem, com o apoio das Nações Unidas, o combate às alterações climáticas.

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