Há cerca de dez locais no México para onde migram, em novembro, as borboletas-monarcas, provenientes do norte da América. São os santuários da espécie
Após percorrerem 4 mil quilómetros, desde o norte do Canadá e dos Estados Unidos as borboletas-monarcas chegam finalmente os sanuários ensolarados do México.
Aqui, este inseto vulnerável benificia de um estatuto próprio e os seus locais de hibernação estão protegidos. Sítios como este, existem 10 em território mexicano.
Jose Carmen Martinez é reponsável por um dos santuários das borboletas e explica porque se trata de um santuário: "É um santuário, um panteão! É aqui que ficam os corpos das monarcas e devem ficar, porque isso ajuda as outras a encontrarem o caminho no ano seguinte. Quando começam a chegar em meados de novembro, acredita-se que vêm, de certa, forma visitar os seus mortos. Por isso as borboletas têm que ficar aqui neste lugar. As borboletas têm uma perceção das coisas que nós não temos. Isto é uma espécie de guia para eles".
Mas para encontrarem o caminho, as borbolets têm de sobreviver a esta migração outonal. Entre as perdas de habitat provocadas pela atividade humana, os pesticidas e as mudanças climáticas, a população das monarcas caiu gravemente nas últimas décadas: Das cerca de mil milhões que chegavam ao México nos anos 90 do século XX, restavam 35 milhões em 2014.
A boa notícia é que, segundo o Fundo Mundial para a Natureza, desde o início do ano, a população das borboletas-monarcas cresceu 144%.
As borboletas-monarcas reproduzem-se no sul do Canadá e em grande parte dos Estados Unidos, durante a primavera e o verão. A grande migração começa em agosto, uma árdua viagem, que termina no México Central, em meados de novembro.