Merkel: "A Alemanha tem de assumir a culpa pelos crimes nazis"

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De  Ricardo Figueira
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A chanceler esteve no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, 24 anos depois da última visita de um chefe de governo alemão.

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Angela Merkel prometeu uma ajuda de 60 milhões de euros à fundação de Auschwitz-Birkenau, nesta que foi a primeira visita da chanceler ao maior campo de extermínio nazi na Polónia, onde milhões de judeus foram mortos durante a segunda guerra mundial. Juntamente com o primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki, depositou uma coroa de flores junto ao chamado muro da morte, onde milhares de prisioneiros políticos polacos foram fuzilados pelas SS e lembrou que é a Alemanha quem tem de assumir a culpa pelos crimes nazis.

"Auschwitz foi um campo de extermínio alemão, gerido por alemães. É importante enfatizar este aspeto. Dar nome aos perpetradores. Nós, alemães, devemos isso às vítimas e a nós próprios. Estamos a testemunhar um aumento do racismo e da intolerância e um crescimento dos crimes de ódio. Vemos um ataque aos valores fundamentais da democracia e um revisionismo perigoso da história, promovido pela misantropia de grupo", disse a chanceler alemã.

Merkel fez questão em visitar Auschwitz agora que está na reta final do percurso como chanceler da Alemanha, cargo que ocupa há 14 anos. Há 24 anos que Auschwitz não recebia a visita de um chefe de governo alemão. Helmut Schmidt foi o primeiro chefe de governo alemão a visitar o local em 1977. Helmut Kohl esteve duas vezes, em 1989 e 1995.

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