NATO admite responsabilidade do Irão na queda de avião ucraniano

São já várias as equipas de peritos no Irão. No terreno, os especialistas investigam a partir dos destroços o que terá acontecido na passada quarta-feira, com o avião ucraniano que se despenhou, matando as 176 pessoas a bordo.
A teoria de que a aeronave terá sido atingida por um míssil iraniano mantém-se em aberto e ganha força a Ocidente.
Depois do primeiro-ministro do Canadá, agora é o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que diz não ter "qualquer razão para não acreditar nos relatórios de vários aliados" da organização transatlântica. Stoltenberg afirmou, em Bruxelas, ser necessário *uma investigação aprofundada" e a junção de "todos os factos", daí ser "tão importante ter a colaboração total do lado iraniano nesta investigação"
A Ucrânia diz que nenhuma hipótese deve ser posta de parte, mas alerta para o facto de que ainda não há provas que confirmem qualquer teoria.
De acordo com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, os peritos estão "a analisar as peças da estrutura do avião", "os resíduos químicos" e "os cadáveres das pessoas que morreram". Até ao momento, - garantiu o ministro - a informação das caixas negras, que é vital para a investigação, ainda não foi recolhida.
O Irão permitiu a equipas da Ucrânia, Canadá e Estados Unidos participar na análise dos destroços resultantes da queda do Boeing 737-800 que, esta quarta-feira, se despenhou pouco depois de ter descolado em Teerão.
Apesar de imagens recentemente divulgadas mostrarem um avião no ar a ser atingido, a Autoridade da Aviação Civil iraniana nega que a queda se tenha devido a um míssil disparado pelo sistema de defesa antiaérea do país.