Reformados gregos recorreram à justiça para reaverem os montantes cortados às pensões durante a crise financeira. O primeiro julgamento já começou.
A crise não derrubou a combatividade dos gregos. O Supremo Tribunal da Grécia deu início, esta sexta-feira, às audiências do julgamento que determinará se os pensionistas têm direito a reaver o montante dos cortes feitos nas pensões de reforma por causa da crise.
O processo é de extrema importância já que a decisão fará jurisprudência. Há 6 mil queixas nos tribunais e 2,5 milhões de possíveis beneficiários.
Vassilis Adramidis é pensionista e não se conforma com a situação em que tem de viver: "A nossa vida é um drama, já não podemos procurar emprego em lado nenhum. Eu sobrevivo com mil euros e não sou só eu, ainda ajudo o meu neto", afirma.
Os queixosos exigem reposição retroativa. Se a justiça lhes der razão, a fatura pode ser extremamente pesada para o governo - mais de 26 mil milhões de euros - que poderão mesmo por em causa a recuperação financeira do país.
Neste primeiro julgamento estão em análise 46 casos. O presidente do sindicato dos pensionistas gregos, Dimitris Adreadakis,, diz: "Fomos nós, os pensionistas, que ajudámos a Grécia a sair da crise. Somos prudentes, não pedimos somas extraordinárias". O que queremos é que o governo se sente e fale connosco para que possamos encontrar uma solução de mútuo acordo".
Para já, é só o início das audiências. A sentença não será conhecida antes do verão.