O Governo de Angela Merkel prometeu, esta quinta-feira, 4 mil e 350 milhões de euros para indemnizar os operadores de centrais de carvão para abandonarem a utilização deste mineral muito poluente, antes de 2038.
A Alemanha pode parar de produzir eletricidade usando carvão já em 2035, três anos antes do previsto.
O Governo de Angela Merkel prometeu, esta quinta-feira, 4 mil e 350 milhões de euros para indemnizar os operadores de centrais de carvão para abandonarem a utilização deste mineral muito poluente, antes de 2038.
A reunião entre o Executivo federal e os primeiros-ministros de quatro regiões mineiras (Saxónia-Anhalt, Brandeburgo, Saxónia e Renânia do Norte-Vestefália) prolongou-se pela noite dentro. Foi acordado um calendário de encerramento das minas e centrais, mas tem de ser, ainda, submetido aos operadores antes de ser tornado público.
"Foram negociações difíceis, duraram muito tempo. Do meu ponto de vista, foi demasiado tempo, mas o resultado é bom. Somos o primeiro país que está a sair da energia nuclear e do carvão numa base vinculativa e este é um importante sinal internacional que estamos a dar", sublinhou a ministra germânica do Ambiente, Svenja Schulze.
O Governo de Berlim anunciou, ainda, que serão feitas revisões em 2026 e 2029.
A Alemanha obtém mais de um terço de sua eletricidade através da combustão de carvão, o que gera grandes quantidades de gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global. O país está num processo de abandono da energia nuclear, com o encerramento do último reator previsto para o final do ano de 2022.
O governo federal aprovou um plano orçamentado em 40 mil milhões de euros para amortecer o impacto do abandono do combustível fóssil nas regiões de mineração de carvão.
Os ambientalistas querem que o abandono da utilização do carvão seja ainda mais cedo.
O acordo alcançado esta quinta-feira prevê, também, o fim das autorizações de exploração da floresta de Hambach, no oeste da Alemanha, ameaçada pelo avanço de uma mina de lignite.