Angola tem potencial para atrair investimento britânico, dizem peritos

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De  Joao Duarte Ferreira
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Cimeira anglo-africana debruça-se sobre os negócios entre o Reino Unido e África depois do Brexit.

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_Imagem e edição: Renato Guerra
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Num mundo pós-Brexit, o Reino Unido procura novas oportunidades à escala global. É com isto em mente que o governo britânico olha para África com renovado interesse. A cimeira Reino Unido – África tem lugar dia 20 em Londres e reúne delegações provenientes de todo o continente. Angola é um dos países que mais poderão beneficiar desta oportunidade.

Radicada em Londres há mais de uma década, Ricardina Pederneira é empresária, advogada e especialista na criação e desenvolvimento de negócios em Angola. Em 2015 publicou a versão em inglês do seu guia prático para investimentos no país, uma obra que serve de roteiro para potenciais investidores em Angola e abre a porta à diversificação da economia.

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“O Reino Unido é um dos maiores investidores em Angola. Tem investimentos anuais acima de três mil milhões de dólares e Angola oferece oportunidades imensas para investimento estrangeiro, particularmente para o Reino Unido nas áreas de serviços”, explica a advogada.

Angola já manifestou interesse em aderir à Commonwealth. Esta cimeira Reino Unido – África é uma oportunidade para aprofundar relações.

“Com a atração de investimento estrangeiro, há a oportunidade de abrir ou melhorar o conhecimento, oferecer oportunidades para empresas, para criação de tecnologia, novas áreas, obviamente que existe esse interesse muito grande em atrair investimento britânico”, acrescenta Ricardina Pederneira.

Após praticamente meio século dentro do bloco europeu, forjar um percurso próprio apresenta desafios consideráveis. O país quer tirar partido do estatuto de quinta maior economia à escala global.

O instituto de pesquisa Chatham House em Londres reúne especialistas e académicos nas mais variadas áreas. Alex Vines é um académico britânico especializado na África subsaariana. Fala-nos sobre o que é que o Reino Unido espera obter desta aproximação a África: "Existem provavelmente três razões principais para a reaproximação do Reino Unido em África. Primeiro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Assembleia Geral da ONU. 25% de África está representada nas Nações Unidas e isso é muito importante. Segundo, o Brexit e a procura de diversificação de mercados. O Reino Unido sabe que existe quota de mercado potencial em África que tem sido ignorada. Terceiro, investimento estrangeiro direto, esta a razão principal da cimeira, e também para a City de Londres investir em África", diz.

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Perguntado sobre o que pode, em Angola, atrair o investimento britânico, Vines responde: "A administração Lourenço já deu sinais de que se quer juntar à Commonwealth, assim como à Francophonie (o equivalente francês) e isso é típico de uma política externa emergente para Angola, que pretende obter diversificação. A Commonwealth é uma via, a Francophonie é outra, obviamente Angola é membro da CPLP, essa é uma das prioridades para Angola".

A poucos dias da saída da União Europeia, a cimeira Reino Unido – África abre a porta a oportunidades servindo igualmente para encurtar a distância entre o Reino Unido e o continente africano.

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