Líbia e dos refugiados sírios dominam encontro de Merkel e Erdogan

Líbia e dos refugiados sírios dominam encontro de Merkel e Erdogan
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De  Maria Barradas com AP, EFE
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O receio de que o conflito da Líbia semeie o caos no Mediterrâneo e a situação dos refugiados sírios dominaram a conversa entre Merkel e Erdogan.

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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, não partilham a mesma visão do conflito da Líbia, mas ambos temem a propagação do caos na região e apelam à consolidação da trégua.

Erdogan, a braços com a crise dos refugiados sírios, não perdeu a oportunidade da presença de Merkel na Turquia, para relembrar os compromissos de Bruxelas: "Como sabem, a UE prometeu-nos uma ajuda financeira de 6 mil milhões de euros a ser paga em duas partes de 3 mil milhões de euros, mas até agora nem sequer a primeira parte foi paga na totalidade às organizações não-governamentais", disse.

Angela Merkel fez promessas em nome da Alemanha: "Falámos sobre a situação humanitária na região de Idlib e verei como podemos apoiar a Turquia no alojamento das pessoas, que agora vivem em tendas em território sírio, porque são refugiados, e vou analisar se também podemos dar dinheiro aqui para melhorar esta situação humanitária. A Turquia enfrenta realmente um enorme problema, é preciso dizê-lo, e eu acredito que cada pessoa que pudermos ajudar a encontrar alojamento permanente aqui, cada criança, cada família, será um ponto muito importante".

Merkel, que esteve em Istambul para a inauguração do novo campus da universidade turco alemã, prometeu ajuda material para a construção de casas para as famílias refugiadas da Síria e ajuda financeira para a guarda costeira turca, na luta contra os traficantes de pessoas.

Tensão entre Ancara e Bruxelas

Incentivada pela Alemanha, a UE concordou, em 2016, em dar à Turquia até 6 bilhões de euros (6,6 bilhões de dólares) em ajuda aos refugiados sírios e outros incentivos para persuadir o governo de Ancara a impedir a partida de migrantes para a Grécia, mas o projeto não tem corrido da melhor maneira.

O número de migrantes provenientes da Turquia que entraram na Europa aumentou significativamente no ano passado, com a chegada à Grécia de pessoas que fugiam do conflito na Síria e no Afeganistão, levando à deterioração das condições em campos superlotados nas ilhas do leste do Mar Egeu. Os ataques do novo governo sírio na província síria do norte de Idlib enviaram milhares de sírios em fuga para a fronteira com a Turquia.

Erdogan acusa frequentemente a UE de não cumprir a sua parte do acordo e já tem ameaçado "abrir os portões" e deixar os migrantes irem para a Europa.

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