Comunicado do organismo divulgado este domingo garante que não houve nenhuma manifestação no sentido de negociar a devolução de dinheiro ao país.
A Procuradoria-Geral da República de Angola negou a existência de quaisquer negociações com Isabel dos Santos para uma suposta devolução de dinheiro ao país.
Num comunicado enviado este domingo, o organismo liderado por Hélder Pitta Grós desmentiu as informações adiantadas pelo jornal Expresso, responsável pela divulgação do caso Luanda Leaks.
De acordo com a notícia veiculada pelo semanário português, os representantes legais da empresária estariam a tentar um acordo que resolvesse os processos em curso na justiça angolana.
A Procuradoria revelou também que "continua a exercer o seu papel nos processos" em curso e que "não há qualquer posicionamento" a respeito de uma negociação com Isabel dos Santos.
Em causa estaria, por exemplo, o arresto preventivo dos bens da filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos, num valor superior a mil milhões de dólares.
A medida foi decretada pelo Tribunal Provincial de Luanda, em 23 de dezembro, após um requerimento de providência cautelar interposto pelo estado angolano.
Além desta situação e das suspeitas de branqueamento de capitais denunciadas no Luanda Leaks, Isabel dos Santos está também notificada desde agosto de 2018 para prestar esclarecimentos sobre a sua gestão na empresa estatal petrolífera Sonangol, entre 2016 e 2017.