Médicos franceses avançam com "demissões simbólicas"

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Esta ação de protesto diz respeito apenas a tarefas administrativas e de gestão

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Mais de 300 médicos demitiram-se simbolicamente em França para denunciar o estado do setor hospitalar e pressionar o governo. Foram registadas demissões em hospitais de cidades como Paris, Marselha ou Rennes. Esta ação de protesto diz respeito apenas a tarefas administrativas e de gestão e não afeta as consultas. Os médicos estão contra a redução do financiamento dos cuidados de saúde e o aumento das tarefas.

Agnès Hartemann, uma das médicas que participa na iniciativa, explica que o objetivo é garantir negociações com Emmanuel Macron.

“Podemos dizer que o nome do presidente estará ligado ao desaparecimento dos hospitais públicos ou à sua salvação. As negociações ainda não começaram. Em novembro, foram anunciadas medidas mas são insuficientes para fazer com que os profissionais voltem para os hospitais públicos".

Na resposta a estas demissões simbólicas, o governo sublinha que as reivindicações dos médicos estão "mais do que nunca na agenda" e que a "prioridade é implementar as medidas anunciadas"

Agnès Buzyn, ministra da Saúde francesa, sublinhou as prioridades do governo.

“A urgência é acompanhar os funcionários para que possam recuperar a qualidade de vida no trabalho e ter à disposição equipamentos de qualidade".

No início de 2019, os médicos das urgências fizeram greve, pela primeira vez, para denunciar as condições nos serviços de emergência. 

No final do ano, numa carta aberta inédita dirigida ao governo, mais de 600 médicos denunciaram os cortes orçamentais no setor, afirmando que o sistema de saúde público está a um passo do colapso.

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