Na UE, não há acordo que permita relançar operação naval Sophia, que poderia ajudar no controlo do embargo às armas
A ONU diz que a situação é "extremamente preocupante" na Líbia, onde se multiplicam as violações do cessar-fogo e do embargo às armas, um mês depois da conferência internacional de Berlim que deveria ter colocado na boa via um processo de paz para o país.
Em Bruxelas, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou ter recebido "uma carta do [enviado especial da ONU para a Líbia Ghassan] Salamé, na qual explica que a trégua não é observada e é violada, tanto como o embargo às armas, e os combates continuam". Borrell frisou, no entanto, que "o processo político de Berlim continua a funcionar" apesar da "situação no terreno ser muito má".
E esta segunda-feira não trouxe boas notícias para os esforços diplomáticos, com o próprio Borrell a admitir que a União Europeia não está em medida de obter um acordo para retomar a operação naval Sophia.
A operação, que poderia ajudar no controlo do embargo às armas, conta com a oposição declarada da Áustria e reticências de outros países, que pensam que iria motivar uma nova vaga de imigração clandestina em direção à Europa.