Apesar do aparente "achatar da curva", países preparam-se para prolongar o confinamento obrigatório.
Barcelona apresenta-se como quase todas as cidades do mundo, hoje: Vazia da vida que há poucas semanas pululava. A covid-19 esvaziou as ruas e matou já mais de 90 mil pessoas em todo o mundo.
Ao longo da semana, o número diário de mortes em Espanha subiu e baixou, mas o balanço geral é que a curva parece estar a a achatar.
O parlamento espanhol aprovou uma extensão do estado de emergência até ao dia 26 de abril. Graças às medidas de confinamento da população, o presidente do governo Pedro Sánchez acredita que o pico já passou: "Os dados que usamos, naturalmente com toda a prudência, são animadores. Alcançámos e superámos o pico de contágios de Covid-19 e estamos próximos do início da descida, a chamada desescalada", disse Sánchez.
Em Itália, os dados têm também vindo a flutuar. Na quinta-feira, o número diário de mortes aumentou, numa altura em que o governo pondera aumentar o período de confinamento obrigatório para lá da data inicialmente prevista, 13 de abril.
Em França, a visita do presidente Emmanuel Macron ao professor Didier Raoult causou alguma polémica. O virologista francês é o maior defensor do uso da cloroquina, um medicamento cujas alegadas propriedades de combate ao coronavírus estão a dividir a comunidade científica.
Segunda-feira, Macron vai dirigir-se ao país para anunciar uma extensão do períodop de confinamento obrigatório. O país conheceu uma subida no número diário de mortes e novas infeções, nos últimos dias, e conta já mais de 12 mil mortos.
A Alemanha prepara-se para testar a população em larga escala, com o objetivo de saber quantas pessoas no país podem estar imunizadas contra o vírus e quantas foram infetadas sem o saberem. Os resultados serão conhecidos em maio.
Disse a chanceler alemã Angela Merkel: "Os últimos dados sobre a propagação do vírus dão algum alento. O ritmo do aumento abrandou, se excluirmos os casos daqueles que foram reinfetados e, infelizmente, aqueles que perderam a vida com esta pandemia". O confinamento na Alemanha deve durar até ao dia 19 de abril.
Finalmente, a Bélgica registou o maior número de mortes recenseadas até agora, com um total de 496 óbitos noticiados esta sexta-feira, incluindo os mortos em lares de idosos da Flandres no período de 18 a 31 de março, que não tinham ainda sido contablilizados. O país perdeu mais de 3000 pessoas vítimas da Covid-19.