Dos exames escolares ao uso de máscaras, até à situação económica: são várias as respostas que os franceses esperam do discurso de Macron esta segunda-feira.
Foi há quase um mês, precisamente no dia 16 de março, que Emmanuel Macron anunciava o início do confinamento para os franceses. Agora prepara-se para dirigir-se ao país pela terceira vez em quatro semanas. Mas que não haja ilusões: o discurso desta segunda-feira não deve trazer mudanças ao contexto atual.
Aliás, o prolongamento é já quase uma certeza. A questão está em saber: até quando? Para os que garantem que, pelo menos, até meados de maio, as interrogações não ficam por aqui. As escolas não reabrem até ao final do ano letivo? E os exames? E, afinal, como é que a França se está a preparar para o embate da profunda recessão que vem aí?
O plano de emergência para tentar dar suporte à economia francesa acabou de ser aumentado para 100 mil milhões de euros. Macron já garantiu que a economia tem de ser protegida "custe o que custar", nas suas palavras.
Outra questão do foro prático e imediato é a imposição ou não do uso de máscaras. Se os profissionais de saúde têm recebido reforços de stock, tem a França a capacidade para abastecer também os cidadãos?
A ausência de testes generalizados ao novo coronavírus, a saturação dos hospitais, a imensa controvérsia que provocou a manutenção das eleições municipais no dia 15 de março, entre outros, são fatores que se traduzem em números.
Concretamente, em sondagens que indicam que o índice de confiança no governo decaiu de 55% para 38%. E "confiança" é uma palavra fundamental para conseguir o apoio da população na gestão de toda esta crise.