Interpol revela fraude internacional na venda de máscaras

É uma história que a Interpol avisa estar a multiplicar-se: em meados de março, as autoridades sanitárias alemãs contrataram duas empresas para procurar fornecedores de máscaras de proteção fora dos circuitos habituais, já esgotados.
A compra ascendia aos 15 milhões de euros. Afinal, depararam-se com um esquema fraudulento que passou por Espanha, Irlanda e Países Baixos, envolvendo clonagem de sites. Desta vez, a fraude foi travada. Mas há casos em que já é demasiado tarde.
Stephen Kavanagh, diretor executivo dos serviços policiais da Interpol, alerta: "as pessoas devem redobrar a vigilância nesta altura", sobretudo quando estão em causa transações de grande dimensão.
Kavanagh aconselha a "colocar questões complexas" durante os contactos e a "tentar apurar informações sobre os potenciais parceiros comerciais". Segundo este responsável da Interpol, o crime organizado está a mobilizar-se rapidamente para oferecer crédito a pessoas vulneráveis, assim "como serviços de transporte ou de limpeza".
A fraude em torno da procura de máscaras é apenas outra das facetas mais flagrantes da diversificação da criminalidade, tendo em conta a natureza do contexto atual e, como aponta Kavanagh, "o desespero de alguns governos".