Países africanos endurecem medidas contra a Covid-19

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Angola, Cabo Verde e Moçambique reforçam quarentena institucional; África do Sul proíbe a venda de álcool e tabaco.

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Continua a aumentar o número de pessoas infetadas pela Covid-19 em África. O número de mortes associadas ao novo coronavírus neste continente já  ultrapassa os 1000 casos. A África do Sul e o Egito registam mais de três mil casos de infeção, respetivamente. A Argélia é o país africano com mais mortos associados à pandemia.

A manutenção do confinamento como medida contra a propagação da Covid-19 continua a ser um desafio para os países mais pobres e com maior densidade populacional.

Para ultrapassar este desafio, alguns governos africanos tomaram medidas mais extremas. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, instituiu o confinamento obrigatório de 27 de março a 30 de abril, com duras restrições na circulação de pessoas.

Continuam fechadas as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, e até foi proibida a venda de cigarros e álcool. Uma medida que tem sido muito contestada a nível local pelos comerciantes e consumidores

Para evitar a disseminação, a África do Sul tem realizado também testes em massa nas favelas e lugares de maiores aglomerações para tentar detetar possíveis focos de transmissão local.

Já países como Angola, Cabo Verde e Moçambique decidiram reforçar a quarentena institucional. Em entrevista exclusiva à Euronews, a ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, falou sobre o grau de eficácia na sua aplicação.

Segundo Lutucuta, e de acordo com a experiência de Angola, sempre que possível os países devem adotar a quarentena institucional como forma de evitar uma possível circulação ou contaminação comunitária do novo coronavírus.

Relativamente à relação que tem sido feita entre o número reduzido de casos positivos em África com a fraca capacidade de testagem dos países africanos, em especial os da SADC, a ministra afirma que, dada a agressividade da doença, é impossível esconder o caos que a mesma cria.

"Nós temos que dar crédito a África por nos termos antecipado. Eu acho que é muito importante valorizarmos o trabalho que os países africanos fizeram até aqui", enfatizou Sílvia Lutucuta.

Angola registou até ao momento 24 casos confirmados de pessoas infetadas pela Covid-19, entre elas duas mortes, seis recuperações e dezasseis casos ativos. No continente, a África do Sul e o Egito com mais de três mil casos ativos continuam a registar o maior número de pessoas infetadas pela Covid-19.

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