Setor da restauração pede ajuda do Estado para sobreviver às medidas de restrição
A Praça Sintagma é habitualmente um dos pontos mais movimentados de Atenas. Esta quarta-feira, no entanto, a praça foi dominada pela visão de dezenas de cadeiras vazias. O cenário bizarro tratou-se de um protesto do setor da restauração, que se queixa de não conseguir sobreviver a trabalhar a 35% da capacidade.
Para George Kavathas, presidente da Federação de Restaurantes da Grécia, as cadeiras vazias representam o futuro próximo se o governo não apoiar o setor.
Cerca de 90 mil restaurantes e cafés enfrentam a ameaça de um encerramento permanente, uma vez que não esperam ter lucro esta temporada. Dezenas de milhares de empregos estão em perigo e é por isso que os proprietários pedem apoio financeiro imediato ao Estado.
O protesto do setor não se limitou à capital grega, em Tessalónica as cadeiras vazias também se fizeram sentir.
Ioannis Filokostas, presidente da Associação de Restaurantes e Cafés de Tessalónica, sabe bem o que é necessário para salvar o setor:
"Precisamos de fundos governamentais durante alguns meses, o IVA devia ser inferior a 10%. No caso das bebidas alcoólicas não devia ser mais de 13%. Também pedimos um subsídio para a renda que tivemos de pagar enquanto estivemos fechados e outro para metade da renda que temos de pagar até ao fim do ano."
A decorar as cadeiras vazias estavam fotografias de políticos. Pedem-lhes que façam algo antes que seja demasiado tarde.