Petróleo em recuperação, barril pode superar os 90€ até 2021

Petróleo em recuperação, barril pode superar os 90€ até 2021
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De  Neusa Silva

Alexandre Versignassi, perito em mercados energéticos, diz que um fututro défice na produção petrolífera mundial pode vir a beneficiar países como Angola.

Com a retoma gradual das economias o setor petrolífero vem registando uma rápida recuperação. Alexandre Versignassi, autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia" e jornalista científico com foco nos mercados energéticos, aponta um défice na produção para os próximos tempos que pode beneficiar países considerados produtores tradicionais, como é o caso de Angola, uma vez que as medidas adotadas para combater a pandemia da Covid-19 provocaram a paralisação parcial da indústria de petróleo de Xisto.

O especialista diz que a dívida destas empresas de energia nos EUA é considerada de alto risco e o mais provável é que muitas destas empresas não voltem a operar tão cedo.

Com o regresso do maior consumidor aos mercados o preço do barril de petróleo tende a superar os 92 euros.

Alexandre versignassi alerta que, caso este cenário se concretize, poderá ser a última vez que o mercado regista estes picos de valorização. A tendência que se vai observando é que, nos próximos anos, os países tenderão a optar por energias mais limpas.

Financiamento das economias Petróleo dependentes em tempo de Crise

Com base na experiência de grandes companhias na gestão de crises tão acentuadas, este especialista aponta dois instrumentos que considera eficazes para garantir a entrada de receitas em economias cujo PIB depende fortemente do setor petrolífero.

A primeira passa pela solicitação ou renegociação da dívida com o Banco Mundial e/ou com o Fundo Monetário Internacional. A segunda opção é a venda de contratos futuros de petróleo a preços mais baixos.

Diante de um mercado tão volátil, a recuperação está longe de depender apenas dos volumes de oferta e procura. Esta semana o Presidente em exercício da OPEP, voltou a apelar aos membros para cumprirem, integralmente, o que que poderá vir a ser um acordo global para um corte de produção sem precedentes equivalente a cerca de 10% da oferta mundial.

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