França e Alemanha propõem plano de relançamento de 500 mil milhões de euros

Virus Outbreak France Germany
Virus Outbreak France Germany Direitos de autor Francois Mori/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Ricardo Figueira
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A proposta foi avançada após uma reunião entre Emmanuel Macron e Angela Merkel por videoconferência.

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Os líderes da Alemanha e da França propõem um fundo de recuperação de 500 mil milhões de euros para as economias europeias atingidas pela pandemia de Covid-19.

Angela Merkel e Emmanuel Macron, que revelaram a proposta numa conferência de imprensa conjunta (via vídeo) afirmaram que o fundo veria as despesas orçamentais da União Europeia serem utilizadas para ajudar os setores e regiões particularmente afetados pelo surto.

"A Europa deve manter-se unida e precisa de uma recuperação económica rápida. Por isso, queremos criar um fundo temporário de 500 mil milhões de euros. É uma despesa orçamental, não um empréstimo, mas uma despesa orçamental para os setores e regiões mais afetados", disse a chanceler alemã.

Para Emmanuel Maron, a criação de uma chamada "Europa da saúde" deve ser uma prioridade. Tal como Merkel, o presidente francês reforçou a ideia de que os países beneficiários deste plano não vão ter de reembolsar a ajuda. A Comissão Europeia vai propor que os 27 Estados-Membros tenham de concordar com a proposta para ela poder ser aplicada.

"Há quatro pilares na nossa iniciativa - A proteção da saúde, o reforço orçamental, a transição ecológica e a soberania económica, que é a base para a reconstrução das nossas vidas, das nossas economias, das nossas sociedades e tudo passa por esta estratégia", disse Macron.

"Pela primeira vez, juntamente com a Alemanha, o que propomos aos 27 Estados-Membros da UE é o levantamento de uma dívida comum nos mercados, a utilização de 500 mil milhões de euros de ajuda para financiar prioritariamente os setores e regiões mais afectados pela crise".

Este plano de estímulo seria acrescentado ao programa de emergência já decidido face à pandemia pelos Ministros das Finanças da zona euro, baseado sobretudo em empréstimos.

Espera-se que a medida levante objeções em vários Estados-Membros, nomeadamente Países Baixos e Dinamarca, que se opuseram à criação dos títulos de empréstimo conjuntos, as chamadas "coronabonds".

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