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Polícia brasileira avança com operação sobre governo do Rio de Janeiro

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro Direitos de autor MAURO PIMENTEL/AFP or licensors
Direitos de autor MAURO PIMENTEL/AFP or licensors
De  Euronews com Lusa
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Investigação sobre alegadas práticas de corrupção com os fundos direcionados para o combate à pandemia está na base da operação.

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A polícia brasileira avançou esta terça-feira com uma operação de busca e apreensão na residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, tendo por base uma investigação sobre desvio de fundos públicos para o combate à pandemia de covid-19.

A polícia não informou se Witzel, ex-juiz federal, foi pessoalmente atingido por qualquer um dos 12 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro e também de São Paulo.

O governador não respondeu imediatamente às mensagens enviadas à assessoria de imprensa solicitando comentários, nem se pronunciou a respeito do caso.

Uma investigação em andamento apontou irregularidades em contratos concedidos para a construção de hospitais de emergência no Rio de Janeiro que envolveu autoridades da área da saúde, informou a Polícia Federal num comunicado.

Segundo a autoridade local, elementos de prova obtidos durante investigações iniciadas no Rio de Janeiro "apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado".

Em 14 de maio, promotores federais lançaram uma outra operação que cumpriu 25 mandados de busca e de prisão no Rio de Janeiro e no estado de Minas Gerais.

Os promotores informaram que um grupo de empresários procurou tirar proveito da pandemia provocada pelo novo coronavírus e desviou cerca de 3,9 milhões de reais (660 mil euros) em recursos públicos através de contratos para a construção de hospitais de campanha.

Witzel é adversário do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que recentemente mudou a direção da Polícia Federal no Rio de Janeiro, gesto que motivou a demissão do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O ex-ministro acusou o Presidente brasileiro de querer informações privilegiadas sobre operações da polícia no Rio de Janeiro antes de apresentar a sua demissão.

Na última segunda-feira, a deputada federal Carla Zambelli, aliada de Bolsonaro, declarou numa entrevista à Rádio Gaúcha que a Polícia Federal realizaria operações contra governadores.

"A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam na agulha [prontas] para sair, mas não saíam, já tem alguns governadores sendo investigados pela polícia federal", afirmou a parlamentar.

Questionado sobre se a informação foi divulgada na véspera a Zambelli por alguém do Governo, ao sair de sua residência oficial em Brasília, o Presidente brasileiro declarou que soube da operação pelos ‘media’ e que os jornalistas deveriam perguntar à deputada se teve acesso a informações privilegiadas antes da operação.

Desde que a covid-19 chegou ao Brasil, no final de fevereiro, o país já registou 374.898 casos e 23.473 mortes provocadas pela doença, segundo o Ministério da Saúde.

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