Italianos querem recuperar antigas colónias de férias

Italianos querem recuperar antigas colónias de férias
Direitos de autor Euronews - Luca Palamara
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De  Ricardo FigueiraLuca Palamara
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Estes locais parecem ideais para o veraneio em tempos de pós-pandemia. Vamos ver porquê.

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Este local encerra muitas memórias. Foi um dos mais conhecidos campos de férias na Riviera Romagna, na Costa Adriática italiana, desde 1933. Milhares de crianças passavam férias neste local todos os anos. Para muitas, foi a primeira oportunidade de brincar na praia e de nadar no mar.

Um grupo de autarcas de pequenos municípios da periferia de Bolonha decidiu dar um passo concreto para o regresso à normalidade, depois do confinamento, e dar a todo o país uma mensagem de otimismo.

Aqui, até ao final dos anos 70, as crianças cujas famílias não podiam pagar férias adequadas, podiam passar a época de verão entre elas. Hoje, há quem queira trazer esses tempos de volta, como sinal de um renascimento italiano após o confinamento.

Restaurar estas estruturas daria aos italianos uma nova oportunidade de vida, mesmo mantendo as precauções ditadas pela atual emergência sanitária.

"O que este lugar oferece hoje é, paradoxalmente, o convívio que a atual necessidade de distanciamento social impede, porque temos aqui muito espaço e poderíamos fazer muitas coisas que não são permitidas noutros contextos", explica Giampiero Falzone, presidente da câmara de Calderara di Reno.

 Atualmente, uma associação de voluntários está a gerir este local. Organiza concertos ao ar livre e cinema, mas tenta também recuperar a importância histórica do sítio.

Jessica Valentini, vice-presidente da associação "Palloncino Rosso", conta: "De 1932 a 1977, milhares de crianças passaram tempo neste lugar. Chamámo-las no Facebook e pedimos-lhes que nos contassem as suas memórias. Fizemo-lo para refazer a memória histórica deste lugar e para refazer a história das relações, a história das memórias destas crianças".

"Gosto de mencionar um provérbio africano que me parece muito explicativo: se se sonha sozinho, é apenas um sonho, mas se muitos sonham juntos, é a realidade que avança", diz Giampiero Falzone.

Os organizadores esperam que as recordações da história deem ao povo italiano a força e a vontade de planear uma era pós-pandemia e traga uma nova vida a locais como estes majestosos edifícios antigos junto ao mar.

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