A Boeing volta a produzir o avião que foi impedido de voar após dois acidentes em que morreram 346 pessoas, na Indonésia (2018) e na Etiópia (2019).
A Boeing vai retomar a produção do famigerado modelo 737 MAX, o avião que foi impedido de voar após dois acidentes consecutivos, em que perderam a vida 346 pessoas.
O construtor americano fala de uma retoma lenta da linha de produção com ajustes para melhorar a segurança e a qualidade do produto.
O primeiro acidente ocorreu em outubro de 2018, na Indonésia, com uma aparelho da Lion Air que se despenhou no mar da Java matando 189 pessoas.
O segundo, era um avião da Ethiopian Airlines, que se despenhou na Etiópia, próximo da localidade de Bishoftu, provocando a morte de 157 pessoas.
Apesar das companhias do mundo inteiro terem proibido os voos com este modelo de avião, a Boeing só parou a produção nos últimos quatro meses. Entre o último acidente - em março de 2019 - e o final do ano, a Boeing produziu 400 aviões deste modelo.
Este avião representa mais de dois terços do volume de encomendas do construtor americano e é uma peça central do plano de negócios a médio prazo da companhia.
A retoma da produção engloba ainda muitas incertezas. A autoridade federal da aviação dos Estados Unidos ainda não certificou as alterações introduzidas no aparelho e a companhia luta com a crise provocada pela pandemia da Covid-19 e com o despedimento de milhares de trabalhadores.
O 737 MAX é o único modelo da Boeing capaz de competir com o A320 ou o A220, da europeia Airbus.