Setor das diversões em crise em Espanha

Setor das diversões em crise em Espanha
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De  Carlos MarlascaPatrícia Tavares
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Pandemia para carrosséis e cancela festas de verão.

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São um cenário típico em Espanha nesta altura do ano. De março a outubro a magia dos carrosséis e os recintos de diversões costumam tomar conta do país, mas este ano os parques temáticos estão fechados e muitas festas foram canceladas devido à pandemia.

Cerca de 200 mil pessoas trabalham neste negócio e, para 32 mil famílias esta é a única fonte de rendimento. Javier agora só faz trabalhos de manutenção, numa estrutura que normalmente percorre várias cidades espanholas durante as festas.

Os meus pais dão emprego a mim, ao meu irmão e à minha irmã... como não têm trabalho não nos podem contratar. Sobrevivo porque, em Méntrida, onde moro, o presidente da câmara da cidade, sabe que tenho uma família numerosa e que não estou a receber nenhuma ajuda: trazem-me comida e legumes e até me deram vales para fazer compras nos supermercados Mercadona, mas estou a sobreviver assim.
Francisco Javier Santillán
Feirante

Esta semana, os trabalhadores do recinto de feiras de Madrid realizaram uma manifestação para pedir apoio ao governo. Esta atividade sazonal enfrenta uma crise nunca antes vista. Um escritório de advogados está à procura de soluções juntamente com representantes dos trabalhadores. A ideia é chamar a atenção do governo. Pretendem um pacote de resgate para o setor, com cortes de impostos e acesso ao crédito.

Queremos trabalhar e, se não nos deixam trabalhar, têm que nos ajudar. Muitas famílias dependem deste negócio. Os proprietários dos bares ou das farmácias receberam uma solução, mal ou bem, podem começar a trabalhar. Nós não aparecemos nos planos de desconfinamento.
Fernando Piqueras
Associação de Feirantes de Madrid

Se o governo espanhol não responder aos pedidos, está prevista uma manifestação em Madrid com trabalhadores de todo o país.

Enquanto as atrações estão paradas em locais como este, os trabalhadores do setor das diversões criaram uma associação a nível nacional, para terem mais força e para que o governo responda aos seus pedidos. O objetivo é também chegar a Bruxelas para pressionar a União Europeia e unir grupos de empresários, de todo o continente, que se dedicam ao mesmo setor de atividade.
Carlos Marlasca
Euronews
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