Trump arranca campanha no meio de críticas

Donald Trump recomeçou a corrida presidencial com um comício numa cidade de Oklahoma conhecida pelo massacre de negros há quase 100 anos. Em Tusla, agradeceu a presença dos apoiantes depois de a oposição muito criticar o evento.
"Começamos a nossa campanha e eu quero agradecer a todos vocês. Vocês são guerreiros. Tenho estado a assistir às «Fake New» desde há semanas e agora tudo é negativo. Não vão, não venham, não façam nada. Hoje foi como nunca antes tinha visto", declarou o candidato à sua própria sucessão.
Antes do evento, os simpatizantes de Donald Trump fizeram a festa, quase todos sem máscara. "Acho que ele fez um trabalho fantástico. Não teria feito melhor... Foi tudo tão rápido", afirma uma senhora.
O repórter da Euronews Andy Roesgen questiona "se o comício vai ser o ponto de partida para a vitória na reconquista eleitoral? Descobriremos dentro de cinco meses. E vai este ser o reinício de um surto de casos de coronavírus? Saberemos isso numa questão de dias".
Donald Trump tinha o comício marcado para o dia do aniversário do massacre de Tusla, mas adiou-o por um dia. Mesmo assim nem todos ficaram satisfeitos.
"Acho terrível, nojento. Reconheço o facto de ter mudado o comício do dia 19 para o dia 20 mas vir aqui neste fim de semana quando celebramos o uma das poucas coisas que este país fez pelos afro-americanos, aquilo pelo qual tanto nos sacrificámos, acho totalmente ridículo, e depois há as preocupações com a saúde, a Covid-19", explica o reverendo Robert Turner.
A Covid-19 não escolhe raças ou simpatias políticas. Tanto apoiantes de Trump como os manifestantes dos últimos protestos de as vidas negras importam são vulneráveis à peste do ano de 2020.