Angola quer “colocar ordem no setor” dos recursos minerais

"Colocar ordem no setor", "respeitar a lei e melhorar o clima de investimento" e atrair empresas africanas, europeias e norte-americanas, são compromissos assumidos pelo presidente da administração da A´gência Nacional de Recursos Minerais (ANRM) angolana, Jacinto Rocha.
"Os desafios são enormes, teremos que captar novos investimentos, introduzir ordem no setor e assim vamos conseguir trabalhar e melhorar o clima de investimento no país. Há leis e, como juramos aqui, vamos respeitar as leis e fazê-las cumprir", afirmou, esta segunda-feira, o presidente da recém-criada ANRM, Jacinto Rocha.
Jacinto Rocha foi hoje empossado para o cargo pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, juntamente com os quatro administradores executivos do novo instituto público.
Segundo o responsável, que falava no final da cerimónia que decorreu na sede da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), em Luanda, a aposta do órgão não estará direcionada apenas para um minério, "mas para todos os que o país possui".
"Angola é um país rico em recursos minerais e não vamos escolher algum específico, porque vamos fazer tudo o que temos", assegurou.
Com uma vasta experiência de formação e atividade na África do Sul, o presidente da ANRM manifestou-se confiante na captção de investimentos de empresas sul-africanas, canadianas, australianas, norte-americanas e inglesas para Angola.
"Toda a empresa que está no setor mineiro vamos tentar atrair para Angola", notou.
A Agência Nacional de Recursos Minerais angolana terá como missão a regulação do setor mineiro, função desempenhada anteriormente pela Endiama, exercendo as suas atribuições sobre os recursos minerais no território nacional, com exceção dos hidrocarbonetos.
Para Jacinto Rocha, a Endiama, que deixa de ser a concessionária nacional, doravante deve funcionar "como uma chave para facilitar a abertura do setor".