Crise numa das maiores startups alemãs

Crise numa das maiores startups alemãs
Direitos de autor Matthias Schrader/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Nara Madeira com Eurovision
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Foi detido o ex-diretor executivo da empresa alemã Wirecard. Markus Braun está acusado de fraude financeira e manipulação de mercado.

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O ex-diretor executivo da Wirecard, que era considerada uma das startups de tecnologia financeira mais interessantes do mercado alemão, foi detido por suspeita de fraude financeira e manipulação de mercado ao ter, alegadamente, inflacionado o balanço da empresa em quase dois mil milhões de euros. Dinheiro que se pensa agora nunca ter existido.

Foi durante uma auditoria que a questão veio a lume já não foram encontradas contas com representassem o referido montante, nem provas de que alguma vez ele tivesse existido.

Quando o escândalo estalou o próprio Markus Braun, que se demitiu de imediato, dizia que, provavelmente, a Wirecard tinha sido vítima de uma fraude de grandes proporções. Agora é o ex-diretor executivo que está a ser acusado de, possivelmente com a ajuda de outros colaboradores, alterar o balanço da empresa para torná-la mais atrativa a investidores e clientes.

Um especialista em controlo, o professor Gunther Fried, da Universidade T´écnica de Munique, diz que não pode ser verdade que uma empresa como a Wirecard não soubesse que quase dois mil milhões de euros não estavam nas suas contas. É inconcebível que precisassem de um auditor para descobri-lo,. "Aparentemente as suas estruturas de controlo não estavam a funcionar", concluil.

A empresa, que já retirou os resultados preliminares relativos ao ano passado, foi considerada, em 2018, uma das empresas de tecnologia mais promissoras da Europa e estava entre as 30 principais empresas da Alemanha. "Era uma start-up com ótimos resultados, grandes receitas, praticamente atirada para o DAX (Deutscher AktienindeX)", explica uma perita em mercados, Daniela Bergholt.

Nessa altura o valor de mercado da empresa era superior a 24 mil milhões de euros e as receitas superavam os 2 mil milhões.

Aquela que foi considerada uma estrela em ascensão expandiu-se rapidamente. Tem quase 6 mil funcionários em 26 cidades de todo o mundo. Mas o futuro é agora incerto. Para que a empresa não se afunde vai tentar-se uma reestruturação que passa, naturalmente, pela redução de custos, ou seja, despedimentos e encerramento de unidades de negócios, entre outras coisas.

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