TPI investiga crimes de guerra dos EUA no Afeganistão

TPI investiga crimes de guerra dos EUA no Afeganistão
Direitos de autor Euronews Brussels
De  Joao Duarte Ferreira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Procuradora-geral do TPI e equipa foram alvo de sanções norte-americanas

PUBLICIDADE

No dia 11 de junho os EUA impuseram sanções sobre a procuradora-chefe do Tribunal Penal Internacional Fatou Bensouda encarregue das investigações de crimes de guerra norte-americanos no Afeganistão. O correspondente da euronews Jack Parrock começou por lhe perguntar quais são as implicações destas sanções no seu trabalho.

Fatou Bensouda, procuradora-chefe do TPI: "Nós lamentamos profundamente o anúncio de mais ameaças e ações coercivas sem precedente, incluindo ameaças de medidas financeiras contra o tribunal e os seus funcionários pelo governo dos Estados Unidos, ainda por cima, dada a contribuição de longa data do país para o sistema internacional de justiça. O Afeganistão pediu recentemente ao tribunal para estudar as investigações que dizem estar a fazer. O tribunal está a avaliar de perto as informações prestadas pelas autoridades afegãs, tal como é nossa obrigação ao abrigo do Estatuto de Roma. Esse processo vai levar tempo. O tempo necessário para concluir uma avaliação devidamente informada".

Jack Parrock - Euronews: "Ao abrigo destas medidas encontra-se impedida de viajar para os Estados Unidos assim como a sua equipa. Convidaria as autoridades norte-americanas, o secretário de estado Mike Pompeo, mesmo o presidente Trump, para se deslocarem ao TPI?"

Fatou Bensouda, procuradora-chefe do TPI: "Não posso viajar para os EUA. A única exceção é quando se tratam de questões relacionadas com as Nações Unidas o que é garantido pelo acordo da organização. Não necessito de ter encontros diretos com a administração norte-americana. Estamos a fazer o nosso trabalho ao abrigo do Estatuto de Roma. Penso que existem nos Estados Unidos advogados internacionais muito, muito competentes e que compreendem o envolvimento que é necessário sempre que ocorrem casos como este."

De recordar que os Estados Unidos não integram o Tribunal Penal Internacional fundado pelo Estatuto de Roma em 1998.

Nome do jornalista • Jack Parrock

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Antigos aliados de líder sérvio condenados por tribunal da ONU

Forças australianas reconhecem crimes de guerra no Afeganistão

Presidente afegão prepara negociação de paz com talibãs