Forças australianas reconhecem crimes de guerra no Afeganistão

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Direitos de autor Mick Tsikas/AP
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De  Joao Duarte Ferreira
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Desde 2006 que grupos de militares australianos teriam assassinado dezenas de civis afegãos

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Forças especiais da Austrália teriam alegadamente estado envolvidas no assassinato de 39 civis afegãos desde 2006.

As revelações encontram-se contidas num relatório que acaba de ser publicado.

O relatório Brereton investigou alegações segundo as quais um pequeno grupo de elite da Força Aérea assim como regimentos de comandos teriam morto e brutalizado civis afegãos.

As revelações levaram o chefe das forças de defesa australianas a emitir um pedido de desculpas.

"Ao povo do Afeganistão, em nome das Forças de Defesa da Austrália, aqui fica um pedido de desculpas sincero e sem reservas, pelos erros cometidos pelos soldados australianos.

Neste contexto, algumas patrulhas agiram fora dos pârametros da lei. Regras foram quebradas, histórias inventadas, mentiras, e prisioneiros foram mortos", afirmou Angus Campbell, comandante das Forças de Defesa australianas.

O relatório levou quatro anos a completar. Antigos prisioneiros afegãos já reagiram ao resultado das investigações.

"Fui torturado e não me deixaram dormir quando me prenderam. Sempre que adormecia, um soldado dava-me um pontapé no cabeça para me acordar" denunciou Abdul Manan, líder tribal.

Abdul Malik, residente de Trinkot, afirma que quer estar presente no julgamento.

"Queremos um julgamento justo, queremos assistir a isso, porque foram muito cruéis, por isso o julgamento deverá ter lugar na nossa presença".

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, prometeu que um investigador especial seria nomeado para considerar as acusações.

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