OMS alerta que pandemia "não está nem perto de acabar"

Access to the comments Comentários
De  euronews
OMS alerta que pandemia "não está nem perto de acabar"
Direitos de autor  Matt Dunham/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved

Não há fim para a chamada "hibernação nacional", como disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, referindo-se à cidade de Leicester. Enquanto o país se prepara para diminuir as restrições relativas ao novo coronavírus, a quatro de julho, esta cidade inglesa está a impor medidas de confinamento mais rigorosas. As lojas não essenciais serão encerradas, as escolas fechadas e não haverá abertura de bares e restaurantes.

O secretário britânico da saúde, Matt Hancock recomendou aos habitantes de Leicester "que fiquem em casa o máximo que puderem" e "que evitem as viagens, exceto as essenciais para, de e dentro de Leicester".

Ainda não se sabe o que causou este surto, mas a antecipação das restrições não surpreendeu a cidade.

Uma residente local conta que as pessoas não mantêm o distanciamento social e metade não usa máscara. E aqueles que a usam, usam intermitentemente. No entanto, afirma que o principal problema está nos grandes ajuntamentos de pessoas.

A utilização ou não de máscara está a tornar-se um fator importante na forma como os países combatem a Covid-19. A Sérvia está a lutar para controlar uma segunda vaga e está a tornar a proteção individual facial obrigatória em público. Uma medida bem recebida pela população.

A Organização Mundial de Saúde emitiu um aviso severo. O diretor-geral, Tedros Adhanom referiu que "todos queremos continuar com as nossas vidas, mas a dura realidade é que isto não está nem perto de acabar. Embora muitos países tenham feito alguns progressos, a nível global a pandemia está de facto a acelerar".

Os especialistas de saúde dos Estados Unidos da América estão, também, a apoiar o uso de máscaras e a exortar a uma ação agressiva para combater o vírus. Apenas dois estados estão a relatar um declínio de novos casos e muitos surtos estão a ser atribuídos a reaberturas precipitadas. O país tem mais dois milhões e quinhentas mil pessoas infetadas. Com a aproximação do feriado do 4 de julho, muitas praias estão a ser encerradas na Florida e na Califórnia.