Resposta ao executivo chinês pela aprovação da polémica lei de segurança nacional de Hong Kong foi a anunciada pelo primeiro-ministro britânico.
O Governo britânico vai oferecer residência a cerca de 3 milhões de habitantes de Hong Kong para que possam viver no Reino Unido e requerer, posteriormente, a cidadania britânica.
O anúncio do primeiro-ministro Boris Johnson, que endurece a resposta à decisão do executivo chinês, surge no rescaldo da aprovação da polémica lei de segurança nacional de Hong Kong.
"Deixámos claro que se a China continuasse a seguir este caminho apresentaríamos uma nova rota para as pessoas com estatuto nacional britânico além-fronteiras entrarem no Reino Unido, concedendo-lhes a autorização limitada para estarem no território, com possibilidade de viverem e trabalharem no Reino Unido e, posteriormente, solicitarem a cidadania."
De Bruxelas também saíram críticas a Pequim, entre acusações de que a polémica lei compromete a autonomia da antiga colónia britânica.
"Esta lei corre o risco de comprometer seriamente o alto grau de autonomia de Hong Kong e de ter um efeito nocivo sobre a independência do poder judiciário e do Estado de direito. Lamentamos esta decisão", sublinhou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
As ruas de Hong Kong encheram-se de manifestantes em protesto contra a aprovação da legislação. A polícia acabou por deter mais de 300 pessoas.