Presidente do Kosovo acusado de vários crimes durante a guerra pela independência incluido o homícidio de quase 100 pessoas
Sem sinais de arrependimento, o presidente do Kosovo compareceu esta segunda-feira perante o Tribunal Penal Internacional (TPI). Em Haia conheceu a acusação: os procuradores apontam-lhe responsabilidade por vários crimes cometidos durante a guerra pela independência - incluindo o homicídio de quase 100 sérvios. Hashim Thaçi diz que estes crimes são parte da fatura de um Kosovo livre. "Estou pronto a enfrentar este novo desafio e vencê-lo. Pelo meu filho, pela minha família, pelo meu povo e pelo meu país. Ninguém pode reescrever a história. Este é o preço da liberdade," afirmou à porta do TPI.
A recebê-lo à porta do Tribunal de Haia estavam apoiantes com a bandeira do auto-denominado Exército de Libertação do Kosovo (KLA) de que Thaçi era comandante.
Mais de 10 mil pessoas morreram durante a guerra kosovar. A maior parte de etnia albanesa.
Thaçi chegou a Haia com um elogio da União Europeia no bolso. Este domingo, Bruxelas felicitou os líderes sérvios e kosovares por terem conseguido voltar a sentar-se à mesma mesa, retomando o processo com vista a um entendimento. Negociações que estão a ser mediadas pelo chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrel.