Sérvia e Kosovo voltam a sentar-se à mesa das negociações

Sérvia e Kosovo voltam a sentar-se à mesa das negociações
Direitos de autor Euronews
De  Nara MadeiraJorgen Samso
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Sérvia e Kosovo voltam a sentar-se à mesa das negociações mediadas pela União Europeia.

PUBLICIDADE

Sérvia e Kosovo voltam a sentar-se à mesa de negociações após vinte meses de impasse. Um avanço significativo para alguns ainda que para o Kosovo só haja uma questão em cima da mesa. Um analista político e antigo consultor da presidência do Kosovo, Dastid Pallaska, explica que ao Kosovo só interessa o reconhecimento da sua soberania por parte da Sérvia.

O diálogo entre Pristina e Belgrado foi impulsionado, recentemente, pelos EUA mas agora, é a União Europeia que volta a assumir o papel de mediador nas complexas negociações, já que a Sérvia continua a não reconhecer a independência da sua antiga província.

O enviado da euronews a Pristina, Jorgen Samso, explica que a reunião, em Bruxelas, e o reinício do diálogo mediado pela UE, são importantes para os cidadãos kosovares no meio do aumento, recente, no número de infeções pelo novo coronavírus. "A juntar a isso há a turbulência política e uma recente mudança de governo", acrescenta.

Uma jovem cidadã kosovar, Teuta Kelmendi, disse à euronews esperar que o diálogo corra melhor do que até agora. Quer que as coisas melhorem para os cidadãos do país porque a situação está muito má devido à Covid-19.

Outro, um reformado, Esat Selimi, um kosovar-albanés diz que é "preciso resolver a situação, independentemente do governo que esteja no poder", e que esperam "resolvê-la de uma vez por todas". Para que também possam "viver felizes e em paz como outras pessoas no mundo", desabafa.

Mas o encontro em Bruxelas será apenas o começo de um longo caminho como adianta Dastid Pallaska. "O processo está a voltar para um caminho mais convencional, liderado pela União Europeia", diz. Mas acrescenta que "as expectativas, de ambas as partes, não são grandes. O que querem é iniciar o processo e isso será visto como um sucesso por todos os lados", conclui.

Uma reunião difícil para ambas as partes, principalmente depois do presidente do Kosovo ter sido acusado de crimes de guerra.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Protesto dos veteranos de guerra no Kosovo

Presidente do Kosovo demite-se para "proteger o país"

Presidente do Kosovo acusado de crimes de guerra