Três pontos de ignição levam as autoridades a suspeitar de origem criminosa no fogo que acordou Nantes na manhã deste sábado.
Um ano depois da catedral de Notre Dame de Paris, é a vez da catedral de Nantes arder e com fortes indícios de mão criminosa. A cidade francesa acordou com as chamas a devorarem o templo do séc. XVI. Foram cidadãos que alertaram os bombeiros ao avistarem fogo por detrás da rosácea, eram cerca das oito horas da manhã.
"Três pontos de ignição levam-nos a pensar na origem criminosa do incêndio. Não foi por acaso que as investigações foram abertas esta manhã. A missão foi atribuída à Polícia Judiciária", revela Pierre Sennes, procurador de Nantes.
"Fomos confrontados com um violento fogo no órgão, atrás da rosácea. Ficamos concentrados nessa parte e ao mesmo vigiávamos o resto do edifício e a proteção das obras de arte", explica Laurent Ferlay, diretor-geral dos bombeiros do departamento Loire-Atlântico.
Ao contrário da Notre Dame de Paris, em que o incêndio quase destruiu por completo a joia medieval da capital francesa, as chamas foram circunscritas em duas horas e os danos limitados.
Mesmo assim há a lamentar a destruição de um órgão com 400 anos, uma pintura de Hippolyte Flandrin do século XIX, o cadeiral do coro e os vitrais da fachada, alguns do século XVI.