O estranho Grande Prémio de Hungaroring ganho por Lawis Hamilton

Klaudia e Dénes tiveram de trocar as bancadas de Hungaroring pelo tapete de casa
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A Euronews acompanhou a corrida na Hungria ao lado de um casal recém-casado obrigado a alterar a lua-de-mel devido ao impacto da pandemia na Fórmula 1

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Lewis Hamilton conquistou este domingo o oitavo triunfo em grandes prémios de Fórmula 1 realizados na Hungria e igualou o máximo de triunfos de Michael Schumacher num mesmo país conseguido pelo alemão em França.

Foi, no entanto, o primeiro do britânico sem qualquer festa nas bancadas do circuito de Hungaroring e também o primeiro dos últimos cinco anos em que Klaudia e Dénes não puderam acompanhar ao vivo a competição dos monolugares no circuito húngaro.

Tudo por causa da pandemia de Covid-19, que suspendeu o mundo do desporto desde março e continua a causar enormes problemas às diversas competições.

Dénes foi piloto de corridas de automóveis. O apartamento que partilha com a agora mulher está repleto de artefactos referentes à Fórmula 1.

Terem ficado privados de assistir ao vivo à corrida deste fim de semana foi uma enorme desilusão.

"Casámos há duas semanas e planeámos uma lua de mel única: assistir ao máximo de grandes prémios que pudermos", contou Klaudia Maczali à Euronews, que acompanhou este casal adepto de desportos motorizados enquanto vibravam, pela televisão e sentados no tapete de casa, com o que se passava na pista.

O fecho das fronteiras deitou por terra o plano da lua-de-mel mesmo antes do tiro de partida.

Há dois meses, a administração do circuito de Hungaroring aceitou as condições da Fórmula 1 para as provas desta temporada: corridas à porta fechada e medidas para conter a Covid-19 longe da pista.

O diretor-executivo do circuito explicou-nos que os pilotos, por exemplo, estiveram "praticamente intocáveis".

"Apenas os membros da equipa se podiam aproximar dos pilotos. Manter as distâncias sociais e usar máscara era obrigatório", contou Zsolt Gyulay.

Corrida pelos binóculos

Fora do circuito e desde que se iniciaram as sessões de treino, patrulhas da polícia mantiveram à distância os fãs, que se juntavam numa colina vizinha de Hungaroring a ver os monolugares através de binóculos ou apenas a ouvir o troar dos motores.

A nossa equipa de reportagem ouviu um jovem estudante que nos disse acompanhar a Fórmula um "desde que era criança".

"Costumava ir para as bancadas, mas agora devido às portas fechadas só podemos ver a corrida daqui", lamentou Miklós Mezősi, um dos muitos fãs de desportos motorizados que preferiram enfrentar a chuva miudinha que caiu durante parte do dia a assistir ao grande prémio pela televisão.

No ano passado, o circuito detido pelo Estado permitiu à Hungria arrecadar cerca de €7 milhões só com a venda dos bilhetes do grande prémio. Se a isso se juntar as receitas do turismo associado à competição, este ano podem ser mais de €85 milhões em falta no PIB do país em comparação com o registado em 2019.

Um prejuízo que o correspondente da Euronews na Hungria estima porque terá havido muito mais do que as habituais 200 mil pessoas que costumam encher as bancadas de Hungaroring a faltar nos hotéis e restaurantes do país.

"A decisão de fechar as portas do circuito custou milhões de prejuízo ao turismo húngaro", conclui Zoltán Siposhegyi.

O próximo grande prémio de Fórmula 1 está marcado para o circuito de Silverstone, no Reino Unido, a 2 de agosto. A mesma pista ser palco também da quinta corrida da temporada uma semana depois. Tudo à porta fechada, como "manda" agora a Covid-19.

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