O Porto Seguro de Pemba

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Pemba Direitos de autor RICARDO FRANCO/EPA
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De  Bruno Sousa com Lusa
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Capital de província de Cabo Delgado serve de refúgio a milhares de pessoas que foram obrigadas a deixar tudo para fugir à violência do Grupo Estado Islâmico

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Os barcos sobrelotados que chegam a Pemba são um cenário cada vez mais habitual na cidade do norte de Moçambique. De acordo com a ONU mais de 250 mil pessoas da região foram obrigadas a deixar tudo para trás para fugir à ameaça do Grupo Estado Islâmico. Os ataques dos "jihadistas" já provocaram mais de um milhar de mortos e quem escapa da violência procura refúgio na capital de província, frequentemente em casa de familiares com poucas condições. Os sobreviventes vêem-se forçados a recomeçar a vida da estaca zero.

A província de Cabo Delgado é maioritariamente muçulmana mas para os líderes religiosos, a situação atual não se pode justificar com a religião.

Nassurulahe Dulá, Dirigente do Congresso Islâmico de Moçambique, não tem dúvidas em afirmar que os atacantes não são muçulmanos, uma vez que um muçulmano não bate nem mata outras pessoas.

Já Luíz Fernando Lisboa, Bispo de Pemba, sublinha que "o mundo não faz ideia do que está a acontecer aqui devido à indiferença" e que nos tornámos tão habituados à guerra que não temos a solidariedade que deveríamos ter.

A região é rica em gás natural e está em curso um projeto de exploração com potencial para render mais de 50 mil milhões de euros que não chegam para fazer esquecer a violência.

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