Governo libanês decreta estado de emergência em Beirute

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Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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O Governo libanês decretou o estado de emergência por duas semanas em Beirute, 24 horas depois de fortes explosões terem devastado a cidade. O ministro da Saúde disse a uma televisão libanesa que há pelo menos 135 mortos e cinco mil feridos.

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O Governo libanês decretou o estado de emergência por duas semanas em Beirute, 24 horas depois de fortes explosões terem devastado a cidade.

O ministro da Saúde disse a uma televisão libanesa que há pelo menos 135 mortos e cinco mil feridos.

"Num segundo, o impacto da explosão atirou-me para dentro da loja. Fiquei no chão, ferida ", conta Marie Fares, comerciante.

"Nós, como indivíduos, perdemos imenso, mas a nação perdeu Beirute", sublinha outro comerciante, Joseph Daccache. 

As autoridades esperam que o número de vítimas aumente, numa altura em que as equipas de resgate procuram ainda dezenas de desaparecidos entre os escombros.

Segundo o Governador de Beirute, centenas de milhares de pessoas perderam a casa, devido aos danos causados pelas explosões. Alguns dos principais hospitais também foram atingidos.

"Numa área de 25 metros temos cinco pessoas mortas. O nosso Governo está falido. Ninguém nos ajuda. Este incidente, que abalou os libaneses de todas as regiões e religiões, é algo que ninguém pode imaginar", vinca Beshara Gholam, autarca de Gemmayze, em Beirute.

O presidente do Líbano revelou que na origem das explosões estiveram 2750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas há seis anos no porto, sem quaisquer medidas de segurança. Já foi aberta uma investigação e o primeiro-ministro prometeu que os responsáveis não vão ficar impunes.

O Governo libanês exigiu a prisão domiciliária de responsáveis do porto de Beirute enquanto decorrer a investigação.

"Essa explosão devastadora ocorre numa altura em que o Líbano enfrenta uma crise financeira e económica sem precedentes. Os libaneses culpam o governo pela sua angústia e por não tomar medidas sérias para combater a catástrofe", realça a correspondente da Euronews em Beirute, Lea Fayad.

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