Desemprego faz disparar pedidos de ajuda no Algarve

Refood ajuda 300 pessoas em Faro
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De  Filipa Soares
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A taxa de desemprego no Algarve subiu quase 232% em junho, face ao mesmo período do ano passado. A economia da região portuguesa depende do Turismo sobretudo durante o verão, mas os níveis de ocupação em tempos de pandemia nem parecem de época alta.

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A taxa de desemprego no Algarve subiu quase 232% em junho, face ao mesmo período do ano passado. A economia da região portuguesa depende do Turismo sobretudo durante o verão, mas os níveis de ocupação em tempos de pandemia nem parecem de época alta. A decisão de Londres de impor quarentena aos viajantes provenientes de Portugal foi um rude golpe para o Algarve, habituado a receber cerca de dois milhões de britânicos por ano.

O número de pedidos de ajuda que chega à Refood de Faro não para de aumentar desde março, como realçam Carlos Reis e Paula Matias, coordenadores dos voluntários da IPSS que recolhem e distribuem a comida. Antes da pandemia entregavam alimentos a 114 pessoas, enquanto agora já são 300 os beneficiários da ajuda.

A ajuda da Refood foi vital para a família de um jovem, que prefere não dar a cara, que perdeu o emprego no setor do Turismo, na sequência da pandemia. A mulher também não conseguiu voltar a encontrar emprego na área, depois de ter sido mãe.

“Quando isto aconteceu nós ficámos apenas com o meu subsídio de desemprego como rendimento, o que não dá quase para nada, é quase o custo da renda, e então disseram-nos para nos dirigirmos à câmara e encaminharam-nos para esta associação, que é a Refood, que nos dava uma ajuda na alimentação: vegetais, legumes, fruta, pão, massas, às vezes, também nos dava carne", diz o homem que durante anos teve vários empregos no setor do Turismo, no Algarve.

"Há décadas que a época alta no Algarve não era tão calma, mas quando os trabalhos temporários acabarem em outubro, o mercado laboral aqui no Algarve deve deteriorar-se ainda mais", conclui a correspondente da Euronews em Portugal, Filipa Soares.

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