Centenas de mulheres e crianças marcharam esta segunda-feira pelas ruas da ilha grega para pedir ajuda à União Europeia. Recusam-se a ir para outro acampamento e pedem acolhimento aos estados-membros
Centenas de mulheres e crianças que até há pouco tempo viviam no campo de Moria, marcharam esta segunda-feira nas ruas da ilha grega de Lesbos para pedir ajuda à União Europeia. Muitos acusam a polícia de crueldade contra os migrantes.
A situação em Lesbos é explosiva. Há quase uma semana que milhares de pessoas dormem na rua. Recusam-se a ir para o novo centro de acolhimento em construção.
De acordo com as autoridades, um grupo de afegãos chantageia e aterroriza um grande número de migrantes e refugiados. Este grupo afirma que os refugiados só atingirão o seu objetivo de deixar a ilha se permanecerem nas ruas.
A Europa prometeu aumentar a ajuda à Grécia depois do acampamento de Moria ter sido queimado.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, revelou que o novo Pacto Europeu de Migração será apresentado a 23 de setembro, uma semana antes do previsto.
"Temos estado a discutir em conjunto sobre um centro de acolhimento que seria dirigido por agências europeias e pelas autoridades gregas", adiantou Von Der Leyen.
A Chanceler alemã, Angela Merkel, lembra que "A Grécia é um país que assumiu uma grande responsabilidade, vimos isso já na primavera deste ano. E é por isso que a Grécia recebeu apoio, e esta ajuda deve ser organizada a nível europeu, na medida do possível."
Por agora, apenas cerca de 600 migrantes e refugiados dos mais 12 mil que estavam em Moria se mudaram para o novo campo.