Manifestações na Polónia contra Alexander Lukashenko
Desde o início dos protestos na Bielorrússia, na Polónia têm-se multiplicado atos de solidariedade para com seus vizinhos.
Stefan Socha e a mulher fizeram vários quilómetros para participar numa manifestação de apoio aos bielorrussos organizada por motociclistas. Desta vez, o protesto fez-se junto da fronteira que divide os dois países.
Socha diz que "a situação na Bielorrússia é óbvia " e que estão todos solidários. Querem, por isso, mostrar que estão com a população, que se preocupam. "Que toda a Polónia e, também, a Europa, estão ao seu lado.
Há alguns dias, Alexander Lukashenko anunciou que iria fechar as fronteiras com a Lituânia e a Polónia e que iria colocar o exército a vigiá-las.
Hanna Kominch conta que saiu da Bielorrússia por causa do Governo de Lukashenko pois diz que era impossível ter uma vida pacifica. A bielorrussa não acredita no encerramento da fronteira pois "isso seria outro disparate político que o Governo iria introduzir."
Anton Byk é bielorrusso e vive na Polónia.
O homem afirma que "com o presidente Lukashenko, estamos a morrer como seres humanos, como nação... É muito mau. É uma pena que tudo ocorra desta maneira, que as pessoas sejam espancadas... Não está certo. As autoridades não devem agir desta forma.
O polaco Stefan Socha sublinha que ninguém pode ficar indiferente e que e necessário "mostrar, sempre, quando as coisas correm mal, em voz alta. É preciso estar com as pessoas."
O Governo polaco condenou as palavras de Alexander Lukashenko.
O subsecretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Pawel Jablonski, referiu que consideram que são "um instrumento numa guerra psicológica que está a travar sobretudo contra o próprio povo. Ele tem feito isso desde o início, desde as eleições fraudulentas.
Por enquanto, a fronteira funciona normalmente, mas os protestos contra Lukashenko não parecem cessar tão cedo.