Milhares de búlgaros exigem a demissão de Boyko Borisov. O primeiro-ministro é acusado de corrupção. Protestos começaram em julho
Milhares de pessoas saíram às ruas de várias cidades na Bulgária, no Dia da Independência, para exigirem a demissão do primeiro-ministro, Boyko Borisov, e do Procurador-geral da República.
Há mais de dois meses que o país tem vindo a assistir a manifestações. Os manifestantes, que de acordo com as sondagens, têm o apoio de mais de metade da população, protestam contra a corrupção no país.
Em Sófia, uma jovem afirma estar ali pois diz estar cansada de ser governada por bandidos. A contestatária exige uma mudança e isso só acontecerá através dos protestos.
As autoridades reforçaram o contingente da polícia depois de os organizadores dos protestos terem afirmado que a manifestação marcada para este Dia da Independência se iria transformar numa nova "grande revolta nacional".
Os manifestantes, predominantemente jovens, além de exigirem medidas para limitar a corrupção no país e a demissão de Boyko Borisov, que lidera o Executivo desde 2009, pedem que a Comissão Europeia pressione o primeiro-ministro a demitir-se e que as eleições legislativas, previstas para março, sejam antecipadas.
A Bulgária é o país mais pobre da União Europeia, apesar da injeção de fundos, desde a adesão em 2007. A corrupção tem sido um dos principais entraves na modernização do país.