As sondagens dão a vitória a Boiko Borissov, o primeiro-ministro do país há mais de uma década
A enfrentar a terceira vaga da pandemia, os búlgaros votam este domingo nas eleições legislativas. Estão convocados 6,6 milhões de cidadãos e as cerca de 12 mil mesas de voto abriram às 7h00. Até ao encerramento das urnas, às 20h, os eleitores poderão escolher entre cerca de 30 partidos e alianças para compor o novo parlamento de 240 lugares.
As sondagens dão a vitória a Boiko Borissov, primeiro-ministro há mais de uma década, apesar dos casos de corrupção que atingiram vários membros do Governo.
A formação conservadora de Borissov, Cidadãos para um Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), é a primeira nas sondagens, seguida pelo Partido Socialista da oposição (BSP), com 20%.
Embora a vitória do atual primeiro-ministro pareça clara, ele precisará de pelo menos dois outros partidos para alcançar uma maioria parlamentar. No entanto, todas as novas formações avançaram que não farão um pacto com Borissov, e os socialistas já descartaram uma possível grande coligação.
Os observadores falam na possibilidade de uma aliança "contranatura" que terá poucas hipóteses de sobreviver.
Abstenção
A Bulgária tem a quarta maior taxa de mortalidade por covid-19 da Europa. Neste momento, mais de 10 mil pessoas estão hospitalizadas com o vírus, o número mais elevado desde que a pandemia começou.
Muitos eleitores vão ficar em casa por medo de contágio. As sondagens prevêem uma afluência às urnas inferior a 50%, com algumas análises a apontar para 40%.
Para as cerca de 60.000 pessoas que estão em quarentena ou em isolamento, foram preparadas equipas com urnas móveis, mas há dúvidas sobre a capacidade de as levar a todos aqueles que pediram para votar.