Equipas especiais vão levar assembleias de voto móveis a todos aqueles que se encontram infetados com Covid-19
A quatro dias das eleições parlamentares na Bulgária, as hospitalizações devido à Covid-19 aproximam-se dos 10 milhares.
A fim de assegurar a participação dos eleitores, os maiores hospitais serão equipados com assembleias de voto móveis.
Prevê-se que entre 700 a 800 pacientes possam assim exercer o seu direito de voto.
"Vamos ter quatro assembleias de voto. Uma delas será montada na unidade de doenças infeciosas, que é a enfermaria dos pacientes com Covid-19. As outras vão estar em outros edifícios do complexo. Os pacientes das nossas 16 clínicas vão poder votar", afirma o Dr. Bojidar Chukurlanov, do Hospital Universitário Alexandrovska, na capital, Sófia.
A comissão eleitoral definiu regras específicas para as assembleias de voto móveis.
O maior desafio são os pacientes que se encontram a cumprir quarentena.
"Todas as equipas das assembleias móveis vão usar fatos e máscaras para evitar os contágios. Recomendamos que os eleitores em quarentena votem fora de casa para evitar o contacto", adianta Tanya Tsaneva, da Comissão Eleitoral Central.
A maioria dos eleitores com Covid-19 irão votar a partir de casa. Estima-se que cerca de 60 mil se encontrem a cumprir quarentena.
O repórter da euronews, Damian Vodenitcharov, adianta:
"As autoridades prepararam urnas de voto especiais para quem se encontra em quarentena. É preciso preencher um formulário e assinar digitalmente, ou imprimi-lo e assiná-lo manualmente. O caso complica-se para quem não tem uma assinatura digital ou impressora. Nestes casos, tem que pedir a alguém para ajudar".
É o caso de Irena Boranova, diagnosticada com Covid-19 há 10 dias e que corre o risco de não conseguir completar a tempo o processo de verificação para participar no voto móvel.
Ela diz que as pessoas estão preocupadas e têm receio de serem contagiadas. Isso torna difícil pedir ajuda aos vizinhos. O procedimento de registo, diz Irena, é demorado e as câmaras municipais fecham às quatro da tarde o que dificulta todo este processo.
A Bulgária encontra-se a braços com uma terceira vaga de infeções. O número diário de infetados ultrapassa os quatro mil, uma taxa agravada na capital e em outras regiões.