Dez dias de conflito entre a Arménia e o Azerbaijão fizeram com que centenas de pessoas tivessem de sair da região de conflito de Nagorno-Karabakh
Dez dias de conflito entre a Arménia e o Azerbaijão fizeram com que centenas de pessoas saíssem da Região de Nagorno-Karabakh para encontrar uma nova vida.
Numa vila perto de Erevan, a capital do país, fomos encontrar várias famílias que abandonaram a zona de conflito nos últimos dias.
A vida agora faz-se aqui. Hermine Badalyan é deslocada de Nagorno Karabacher. Está longe mas o conflito tira-lhe o sono. À Euronews diz que espera voltar à casa que deixou.
"Quero que esta situação termine para que possamos voltar às nossas casas", conta Hermine.
Na mesma rua encontramos mais vidas interrompidas pelo conflito entre os dois países.
Gyulush Avanisyan e Asya Avanisyan, duas irmãs. Viviam em Martuni, na região de Nagorno-Karabakh. Abandonaram tudo depois de um bombardeamento na cidade. É a terceira guerra que vivem. A primeira levou-lhes a mãe e mais membros da família.
Contam que não se importam com os bens que deixaram para trás, mas sim com quem ficou. Querem que o conflito termine. Dizem já ter visto tudo em trinta anos de guerra e que se habituam a tudo. "Vamos sobreviver, só quero não haja guerra.", diz-nos Gyulush Avanisyan.
Vivem numa casa emprestada por um desconhecido. Vão ficar lá até saberem se podem regressar à cidade onde viviam. Os alimentos que têm em cima da mesa são doações.
Em toda a Arménia, as pessoas abriram as portas para aqueles que procuram abrigo. Desde um teto a roupas e comida. É um esforço voluntário em todo o país. Um esforço que não tem data para terminar, como é o caso do conflito, o qual continua a fazer com que centenas de vidas sejam pausadas. Centenas continuam a fugir de uma realidade que já viram acontecer mais do que uma vez.