As forças de segurança bielorrussas estão autorizadas a disparar armas de fogo sobre manifestantes, se considerarem necessário. Os protestos contra o presidente Alexander Lukashenko duram desde 9 de agosto.
As forças de segurança na Bielorrússia estão autorizadas a abrir fogo sobre os manifestantes. A informação foi dada, esta segunda-feira, pelo ministério da Administração Interna, que considera haver uma radicalização nos protestos contra o presidente Alexander Lukashenko.
"Não deixaremos as ruas e vamos assegurar a lei e a ordem no país. Os agentes de segurança e o exército nacional utilizarão equipamento de controlo de motins e armas letais, se necessário", afirmou, numa mensagem em vídeo, o ministro-adjunto Gennady Kazakevich.
Esta foi a primeira vez que o governo bielorrusso admitiu de forma explícitia o uso de armas de fogo pelas autoridades. Até ao momento, as manifestações, que se sucedem desde 9 de agosto, foram dispersadas com recurso a canhões de água, balas de borracha e granadas de atordoamento.
A escalada na repressão dos protestos chegou no mesmo dia em que os ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia concordaram em impor sanções a Lukashenko.
Os 27 já tinham proibido viagens e congelado bens a 40 aliados do presidente por manipularem as eleições de agosto onde foi reeleito e reprimirem a contestação dos eleitores.
Na altura, Lukashenko foi poupado pela União Europeia, como forma de incentivo a dar início ao diálogo com as forças da oposição.